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Mecanismo de toxicidade

 

O pulmão, o sistema sanguíneo e o sistema nervoso central (SNC) são os principais órgãos alvo de toxicidade associada com a exposição ao diclorometano.

 

A inalação ou a ingestão de diclorometano dá início a um processo metabólico do qual resulta principalmente a formação de monóxido de carbono (CO) pela ação da CYP2E1. O monóxido de carbono é o principal metabolito causador de neurotoxicidade.

O SNC é fortemente afetado devido à ligação do CO à hemoglobina, formando carboxihemoglobina (COHb), o que resulta em carboxihemoglobinémia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O resultado da exposição a altas concentrações, num curto período de tempo, de vapores de diclorometano traduz-se em:

 

  • Dores de cabeça;

  • Dores no peito;

  • Tosse;

  • Presença de infiltrados alveolares e intersticiais no pulmão.

 

 

 

 

 

 

 

 

O principal efeito do diclorometano está relacionado com a neurotoxicidade, havendo depressão do SNC, mas, para além disso, verificam-se outros efeitos que podem ser fatais, como:

 

  • Narcose;

  • Insificiência respiratória;

  • Insuficiência cardiaca.

 

Em condições normais, a hemoglobina faz o transporte oxigénio e dióxido de carbono entre os pulmões e os tecidos. Quando há um aumento da concentração de CO no organismo, este liga-se à hemoglobina, para a qual tem elevada afinidade, não permitindo a ligação dos outros gases, o que impede que a respiração ocorra normalmente.

Fig. 3 - Representação do transporte de gases pela hemoglobina.

Fontes:

 

TOXNET: http://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search/f?./temp/~lDWbpd:1 (consultado em 22-05-2014);

INCHEM: http://www.inchem.org/documents/jecfa/jecmono/v30je08.htm (consultado em 23-05-2014);

ATSDR: http://www.atsdr.cdc.gov/ToxProfiles/tp14-c1-b.pdf (consultado em 25-05-2014);

EPA: http://www.epa.gov/iris/toxreviews/0070tr.pdf (consultado em 28-05-2014).

 

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